quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

O LINHO...


Tradição do trabalho do linho


   Era tradicional o trabalho do linho com as suas diversas frases: sementeira, rega, monda do “gurguiço” (erva daninha do linho), florescimento (flor azul), criar da semente (baganha) que continha no seu interior a linhaça na eira. O linho atava-se aos molhos e ia para o rio ou poças para demolha debaixo de água durante 15 dias. Após esse tempo, era estendido a secar ao sol. Depois de seco, alguns colocavam-no novamente aos molhos na água durante mais 8 dias. Era novamente retirado da água e estendido outra vez ao sol. Era maçado com o maço e a maça para o apurar. De seguida, era tascado com a espadana na borda ou beira do cortiço para tirar a casca e ficar só o miolo, a “farinha do linho”. Era assedado ( separação das arestas para limpar o linho), sendo depois fiado.
   Da planta do linho retiravam-se quatro tipos de matérias-primas: os maranhos eram restos de tascadela que consistiam em fios mais grossos, menos seguros, sem fibra, usados para fazer panos de colchões, por exemplo; os tomentos eram os primeiros fios, pouco resistentes, que saíam do assedar que serviam para tapar a teia do tear, para fazer colchões, sacos, etc; a estopa eram fios mais finos do que o tomento que servia para urdir (criar os fios que formam a base da teia do tear, porque não havia algodão, e que depois eram preenchidos ou tapados com linho mais grosso, com trapos ou tiras). Este linho, que resultava da ultima fase do assedar era usado confeccionar lençóis, vestuário, entre outros; o linho era a parte nobre da planta que era fiada e mais resistente e servia para urdir a teia, para fazer vestuário, lençóis, toalhas, etc.

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